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Trabalhos 2018

Escola EB 2,3 Prof. Dr. Egas Moniz

Escalão:  2º escalão (2º e 3º ciclos, Secundário e Superior)

Descrição do painel:
A nossa escola respondeu ao desafio UHU e construiu um painel intitulado “À procura dos mistérios da Freita”. As turmas do oitavo ano tiveram a oportunidade de visitar a Serra da Freita no ano letivo anterior tornando-se fonte de inspiração para este trabalho, uma vez que se trata de um ecossistema emblemático inserido no Arouca Geopark que integra a rede de Geoparques da UNESCO desde 2009.
O painel apela-nos à imaginação e à procura de recantos encantados que exibem tons que nos conduzem à variedade do coberto vegetal traduzida em urzes, carquejas, sobreiros, carvalhos, entre outros, e ao mesmo tempo, apresenta-nos alguns exemplos da fauna riquíssima que aí pode ser encontrada, como o guarda-rios, o melro-das-rochas, o bufo-real, a poupa, rãs, lagarto-de-água e a vaca-loura. Esta viagem leva-nos também a descobrir a frescura das águas límpidas do rio Caima que escorre pela frecha da Mizarela, uma queda de água que é considerada a “menina bonita” desta região.
Pretendemos dar a conhecer este património biológico, contribuindo para uma educação no âmbito do desenvolvimento sustentável. Que a serenidade encontrada ao longo da viagem pelo painel se traduza em responsabilidade e consciência de que cada cidadão poderá fazer a diferença!

Memória descritiva:
No âmbito do programa Eco Escolas, tendo em conta as diferentes temáticas: florestas, alterações climáticas, biodiversidade, resíduos, …, a forma como estão estreitamente ligadas, e a grande problemática dos incêndios ocorridos em Portugal no ano de 2017, olhamos para o desafio UHU como um projeto interessante a ser trabalhado este ano letivo.
Sendo os objetivos deste projeto, comuns às disciplinas de arte e tecnologia e ciências naturais, o trabalho foi realizado de forma articulada, por uma turma do 8º ano.
Sempre numa perspetiva de educação ambiental e com um olhar atento ao mundo que nos rodeia a professora de arte e tecnologia em quase todos os trabalhos que desenvolve, procura sensibilizar para a reutilização de materiais. Tudo o que temos, é proveniente da Natureza sejam estes recursos renováveis ou não. Numa sociedade onde se verifica um consumo desmedido, as pessoas não param para pensar nos recursos gastos quer ao nível da matéria-prima, quer ao nível da energia necessária para a transformação dessa matéria-prima em materiais e objetos que nos rodeiam, além das toneladas de lixo e poluição que são produzidas.
Depois do trabalho de pesquisa realizado ao nível das ciências naturais, e de um debate relativamente às técnicas a aplicar na execução do painel, decidimos apenas utilizar papel e cartão em fim de vida. Na procura de um cartão que não fosse flexível, visitamos uma fábrica, situada na cidade de Ovar que produz cartão para caixas. Ainda assim esse cartão não oferecia a resistência necessária que pretendíamos dar ao painel desta dimensão. Saltou-nos então à memória que a gráfica do nosso concelho, utilizava cartão favo de mel na realização das suas impressões. Estes depois de contactados, foram bastante prestáveis e cederam-nos a ponta de uma placa que serviu de base para o nosso painel.
A partir daí os alunos decidiram aplicar uma técnica de colagem que tinham aprendido no ano letivo anterior. Com o aproveitamento do papel de revistas, e publicidades que entopem as nossas caixas de correio, recortando bocadinhos de papel, selecionando as cores impressas, aproveitando as diferentes tonalidades das mesmas cores, pois não se tratava de um painel de cores sólidas, mas sim procurar criar uma infinidade de cores e tons a fim de representar, uma paisagem natural da Serra da Freita. E porque as cores da natureza são de beleza única, foi uma tarefa difícil representar degradês, com infinitos tons, e conseguir uma composição equilibrada num espaço enorme (2m por 1m) completamente diferente do espaço bidimensional a que estavam habituados a trabalhar, a folha A3. Os bocadinhos de papel que pareciam muitos, depois de colados só preenchiam uma pequenina parte do que pensávamos que iam preencher. Por último para darmos alguma ideia de transparências na representação da água colamos restos de papel de seda. Foi um trabalho de muita paciência, persistência, e dedicação para conseguir um produto final que consideramos bom. Outra aventura foi a experimentação dos diferentes tipos de cola, que a UHU nos oferece. O facto de o trabalho ter uma dimensão significativa, e caso não fosse do agrado, podíamos sempre colar por cima, possibilitou-nos verificar: as reações dos diferentes géneros de cola; o comportamento da mesma em fresco e depois de seca; os efeitos visuais possíveis de criar. Permitiu-nos um conjunto de experiências enriquecedoras, ao nível da expressão plástica e ao mesmo tempo conhecer produtos que respeitam os ecossistemas. Concluímos que para o trabalho que queríamos concretizar a cola mais adequada era a Cola UHU Young Creativ Arts & Craft ou a Cola UHU Madeira Express diluída em água. Usamos também a Cola Universal UHU. Mas por termos realizado diferentes experiências, podemos observar zonas do painel mais brilhantes e outras mate. Esta técnica de colagens também permite ao observador experiências diversificadas dependendo de quem observa.
Por último procuramos mensagens curtas, mas com significado que conduzissem à reflexão e ao debate sobre as questões da floresta. Sempre com o objetivo da sensibilização para a construção de comportamentos saudáveis tendo em conta a sustentabilidade. Sendo a floresta um património essencial à nossa existência, devemos protegê-lo, e aumentá-lo, comparando a uma conta bancária, ensinar e aprender a viver dos juros que a floresta nos dá, por forma a não comprometermos as gerações futuras.
Conservar a Floresta é:
Defender os ecossistemas;
As cadeias alimentares;
A qualidade da água;
A qualidade da terra;
A produção adequada e ajustada ao essencial.

Fotos do painel:

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