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Trabalhos 2016

Escola EB 2,3 de Celeirós

Escalão:  2º escalão (2º e 3º ciclos do ensino básico)

Descrição do painel:
O Rio Este
O rio Este nasce na Serra do Carvalho, a uma altitude de 512 metros, na zona de transição entre os concelhos de Braga e Póvoa de Lanhoso, percorrendo cerca de 52 quilómetros desde a nascente até à sua confluência com o rio Ave, dos quais 23,9 quilómetros se localizam no concelho de Braga. O rio passa na freguesia de Celeirós junto da Estrada Nacional 14, na margem direita, podendo ser observado o ecossistema ripícola na margem esquerda. As margens estão protegidas com muros de granito.
Antigamente, tinha margens férteis, bastante cultivadas e a sua água servia para rega, para moer e trazia peixe miúdo. O seu primeiro nome foi Aliste, vila antiquíssima do Minho que se diz ter existido no lugar onde nasce o rio Este. Ao longo do rio ainda se observam moinhos que moiam o cereal recolhido. Havia locais com boas praias fluviais.
Atualmente, o município tem realizado ações no sentido de valorizar o rio Este, no sentido de promover o aumento da sua fauna e da sua flora. Presentemente o rio Este já conta com lontras e com peixes, ali colocados pelo ICNF a pedido da autarquia. O projeto “Rios” é uma outra aposta da autarquia e, ao longo de 18Km, desafia pequenos grupos de bracarenses a “adotarem 500 metros de rio para que o espaço esteja limpo”. Durante as nossas visitas, no troço por nós adotado, perto da nossa escola, realizamos o estudo do ecossistema na margem esquerda e pudemos observar:
Fauna: aves como o melro de água(Cinclos cinclos) e o verdilhão(Carduelis chloris), libélula,imperador azul(Anax imperador)a capturar uma borboleta( Nymphalis polychloros), rã verde(Rana perezi), aranhas, alguns macroinvertebrados como o alfaiate(Gerris lacustris) e o Efemeróptero baetideo. Também já observamos uma garça cinzenta (Ardea cinérea).
Flora autóctone junto à linha de água: amieiros(Alnus glutinosa), carvalhos(Quercus róbur), pseudoplátanos(Acer pseudoplatanus). Algumas árvores eram cobertas de líquenes crustáceos. Fora da linha de água existem comunidades de herbáceas, tipo prado, onde predominam as gramíneas seguido de silvado.
Ainda temos algumas espécies não autóctones como as mimosas(poucas).
Património: moinho
Bioindicadores: o alfaiate(Gerris lacustris) e o Efemeróptero(Baetideo), líquenes crustáceos, libélula,imperador azul(Anax imperador)
Focos de poluição: ruído proveniente da estrada nacional, muito lixo nas margens, principalmente plásticos, que tem sido limpo por nós.

Memória descritiva:
IDENTIFICAÇÃO
Nome da escola: Escola E, B 2 e 3 de Celeirós
Número de alunos diretamente envolvidos: 8
Grau de ensino: 2º ciclo do Ensino Básico – 5º e 6º ano de escolaridade
Tempo de aula: 90 min semanal de atividade extracurricular
Outros colaboradores: alunos de todas as turmas do 5º ao 9º ano, assistentes operacionais, professores.
CONTEXTUALIZAÇÃO
A Biodiversidade animal e a Biodiversidade Vegetal dos ecossistemas ripícolas encontra-se atualmente ameaçado por vários fatores, nomeadamente descargas e lançamento de resíduos sólidos, incêndios e introdução de espécies infestantes. É necessário a conservação das linhas de água, protegendo as suas margens com árvores e arbustos não infestantes, uma vegetação herbácea de taludes que permite a nidificação de algumas aves e o sistema radicular destas, diminuindo o risco de erosão e assoreamento dos cursos de água. É fundamental a educação ambiental dos nossos alunos para conhecerem e preservarem esta riqueza natural. Assim, este trabalho tornou-se bastante significativo pois permitiu desenvolver um projeto cujo principal objetivo foi conhecer melhor o ecossistema do rio Este, tão perto da nossa escola. Desta forma os alunos ficaram mais sensibilizados para tornarem o mundo à sua volta cada vez melhor e mais bonito, contribuindo, de forma voluntária, para diminuir os fatores menos positivos.
Utilizamos a seguinte metodologia:
1º Divulgação do concurso à comunidade a partir da reunião do Conselho das Eco-escolas;
2º Sensibilização dos alunos na reunião do Conselho das Eco-escolas e Clube da Floresta para a importância da biodiversidade ripícola;
3º Definição do grupo de trabalho e intencionalidade do trabalho – alunos pertencentes ao clube da floresta, de 5º e 6ºano;
4º Pesquisa sobre a biodiversidade ripícola e visita ao ecossistema para recolha de imagens;
5º Elaboração do desenho do ecossistema ;
6º Reaproveitamento de um painel em madeira existente numa arrecadação da escola onde foram recortados 3 círculos para introdução de caritas dos alunos;
7º Elaboração do projeto para a construção da photo wall, realizado pelos alunos do Clube da Floresta – projetamos o desenho e “rabiscamos” um esboço do ecossistema numa folha de papel de cenário;
8º Colagem de vários tipos de papel no esboço :
Usamos de sacos de pão nos troncos e ramos, jornal nos muros e imagens verdes para plantas herbáceas, sacos de compras para o rio, restos de papel …..para uma das plantas e papel já utilizado(fotocópias) para as folhas das árvores e animais. Usamos cola UHU;
9º Fotos intermédias do desenvolvimento do trabalho e final com o grupo .
As coordenadoras das Eco-Escolas
Isabel Pinto
Graça Pereira

Fotos do painel:

Desenho
preparação de ramos
colagem
parte inicial do trabalho
parte inicial do trabalho_rio
foto final