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Trabalhos 2016

Escola D. Maria II de Vila Nova da Barquinha

Escalão:  2º escalão (2º e 3º ciclos do ensino básico)

Descrição do painel:
Enquadramento geográfico
O concelho de Vila Nova da Barquinha está administrativamente enquadrado no distrito de Santarém, na região do Centro do país, sub-região do Médio do Tejo. No que diz respeito às unidades orgânicas o concelho pertence ao Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas de Lisboa e Vale do Tejo.
O concelho apresenta uma área total de 49,5 km2 e é limitado por dois importantes cursos de água: o rio Tejo a Sul e rio Zêzere a Este.
O concelho de Vila Nova da Barquinha, de uma forma geral, exibe um relevo heterogéneo, com zonas de características distintas. Apresenta um relevo suave a modelado, com zonas de relevo mais acidentado a norte na freguesia da Praia do Ribatejo. Destaca-se nesta freguesia os vales encaixados e com declives acentuados. No sopé destas encostas, ao longo destes vales, encontramos, embora em número muito reduzido, algumas áreas agrícolas e prados, e presença de vegetação ripícola, constituída por espécies arbóreas, como o salgueiro-branco, a borrazeira-preta, o freixo nacional, o sabugueiro, o amieiro e o choupo. De um modo geral, devido a uma ausência de gestão e manutenção destes espaços naturais, encontramos espécies herbáceas e arbustivas em abundância. Nas encostas destes vales predominam áreas com monocultura da espécie Eucaliptus sp., e áreas com vegetação predominantemente arbustiva como a urze, o tojo, a esteva, o sargaço, a murta, a aroeira, a roselha, o rosmaninho, a carqueja, entre outras espécies. Encontramos também a presença de espécies exóticas de caraterísticas invasoras, como a acácia-mimosa, a hakea e o ailanto.
Os ecossistemas florestais, se geridos de forma sustentada, e encarados como espaço multifuncional, constituem recursos naturais de elevado valor ecológico, económico e social. A floresta constitui uma fonte inesgotável de recursos a vários níveis: alimentar, energético (biomassa florestal), turístico, paisagístico, educativo, lúdico-didático e bioclimático. Apresenta funções de produção, proteção e prevenção de erosão, conservação de habitats, de espécies da fauna e da flora, e constitui um espaço de suporte ao desenvolvimento de atividades como a silvo pastorícia, apicultura, caça e pesca nas águas interiores, entre outras.
A micologia é a ciência que estuda os fungos. Podemos encontrar fungos por toda parte, no ar atmosférico, no solo, em vegetais, em animais, incluindo o homem, na água, e…quando fazemos a compostagem doméstica. Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais (plantas) e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados num reino à parte, Reino Funghi, apresentando um conjunto de características próprias que permitem sua diferenciação das plantas. Alguns fungos têm a capacidade de produzir frutificações que vulgarmente designamos de cogumelos. Quem se dedica ao estudo dos cogumelos, descobre um mundo fascinante e místico perante a quantidade de formas, cores, cheiros e sabores (apenas no caso dos comestíveis) nos mais diversos ambientes e com diferentes técnicas de adaptação. O seu papel ecológico é imprescindível!
“As florestas atingem uma maior rentabilidade e equilíbrio devido à presença dos fungos simbióticos e decompositores que renovam constantemente os nutrientes no solo.” in http://www.fungos.net/
“Ecossistema global” constituído por excertos de ecossistemas que se encontram no concelho de Vila Nova da Barquinha e em regiões próximas: ambiente florestal, ambiente fluvial, ambiente de paúl e ambiente de lezíria.
Os distintos tipos de ecossistema abrangem uma parte significativa da enorme biodiversidade da zona onde a escola se encontra.
Os alunos não estão na pele dos seres vivos representados, representando eles próprios a espécie humana enquanto observadora e defensora do meio natural.
RECURSOS NATURAIS: FLORA, VEGETAÇÃO E FAUNA no concelho de Vila Nova da Barquinha
FLORA e VEGETAÇÃO: Agave americana L. (Cacto-dos-cem-anos; Piteira-brava); Alnus glutinosa (L.) Gaertn. (Amieiro); Anthyllis vulneraria L. subsp. lusitanica (cullen et P.Silva) Cullen (Vulneraria); Arbutus unedo L. (Medronheiro); Arisarum vulgare (Candeias; Capuz-de-Frade); Asparagus aphyllus L. (Espargo-bravo); Asphodelus ramosus L. (Abrótea-da-primavera); Calamintha sylvatica Bromf. ascendens (Jord.) P. W. Ball (Calaminta-brava); Calluna vulgaris (L.) Hull (Leiva; Urze-roxa); Campanula lusitanica L. (Campainhas; Campânula); Carduus tenuiflorus Curtis (Cardo-anil); Celtis australis L. (Agreira; Lodão-bastardo); Centaurium erythraea Rafn (Centáurea-comum; Fel-da-terra); Cercis siliquastrum L. (Olaia); Cistus albidus L. (Rosêlha-grande); Cistus crispus L. (Rosêlha-pequena); Cistus ladanifer L. subsp. ladanifer (Esteva); Cistus monspeliensis L. (Sargação; Sargaço-escuro); Cistus salvifolius L.(Sargaço; Estevinha); Cytisus striatus (Hill) Rothm. (Giesta-amarela); Crataegus monogyna Jacq. (Abronceiro; Espinheiro-alvar; Pilriteiro); Daphne gnidium L. (Erva-de-João-Pires; Trovisco); Digitalis purpurea L. var. purpurea (Abeloura; Dedaleira); Dittrichia viscosa (L) W. Greuter. (Táveda); Echium plantagineum L. (Soagem; Chupa-mel); Erica arborea L. (Urze-arbórea; Urze-branca); Erica australis L. (Chamiça; Torga-vermelha; Urze-vermelha); Erica scoparia L. (Moita-alvarinha; Urze-das-vassouras); Erica umbellata L. (Torga; Queiró); Eucaliptus sp. (Eucalipto); Fragula alnus Mill. (Sanguinho; Amieiro-negro); Fraxinus angustifolia Vahl subsp. angustifolia (Freixo-comum); Fritillaria lusitanica Wikstr. Var. lusitanica (Fritilária; Fritilária-de-Portugal); Genista triacanthos Brot. (Ranha-lobo); Hedera helix subsp. helix L. (Hera); Humulus lupulus L. (Engatadeira; Lúpulo; Vinha-do-norte); Inula viscosa L. (Táveda-de-folhas-estreitas); Laurus nobilis L. (Loureiro); Lavandula stoechas L. (Rosmaninho); Lycopus europaeus L. (Marroio-de-água); Malva silvestris L. (Malva); Mentha suaveolens Ehrh. (Hortelã-brava); Merendera filifolia Camb. (Lírio silvestre); Myrtus communis L. (Murta; Murteira); Narcissus bulbocodium L. (Campainha); Olea europaea L. (Oliveira); Olea europaea var. sylvestris (Zambujeiro); Ophrys speculum Link (Erva abelha); Origanum virens Hoffmanns & Link (Manjerona-brava; Oregão); Osmunda regalis L. (Feto-real); Papaver sp. (Papoila); Phillyrea langustifolia L. (Aderno-de-folhas-estreitas); Phillyrea latifoliaL. (Aderno-de-folhas-largas); Pinus halepensis L. (Pinheiro-do-alepo); Pinus pinaster L. (Pinheiro-bravo); Pinus pinea L. (Pinheiro-manso); Pistacia lentiscus L. (Aroeira); Populus alba L. (Choupo-branco); Populus nigra L. (Choupo-negro); Prunus spinosa L. (Abrunheiro-bravo); Pyrus bourgaeana Decne. (Catapereiro; Pereira-brava); Quercus faginea subsp. broteroi (Carvalho-português); Quercus coccifera L. (Carrasco); Quercus ilex L. (Azinheira); Quercus lusitanica L. (Carvalhiça; Carvalho-anão); Quercus robur L. (Carvalho-alvarinho; Carvalho-nacional); Quercus suber L. (Sobreiro); Rhamnus alaternus L. (Aderno-bastardo); Rosa sempervirens L. (Roseira-brava); Rosmarinus officinalis L. (Alecrim); Rubus ulmifolius Schott. (Silva); Ruscus aculeatus L. (Gilbardeira); Salix alba L. (Salgueiro-branco); Salix atrocinerea Brot. (Borrazeira-preta); Salix babylonica L.. (Salgueiro-chorão); Salvia verbenaca L. (Salva-dos-caminhos); Sambucus nigra L. (Sabugueiro); Scilla monophyllos Link in Schrad. (Cebola-albarrã; Cila-de-uma-folha); Smilax aspera L. (Alegra-campo; salsaparrilha); Spartium junceum L. (Giesta); Viburnum tinus L. subsp. tinus (Folhado); Vicia sativa L. (Ervilhaca); Viola tricolor L. var. arvensis Brot. (Amor-perfeito-bravo; Erva-da-Trindade).
FAUNA
AVIFAUNA (Classe: Aves: ordens: podicipediformes, ciconiiformes, anseriformes, accipitriformes, falconiformes, galliformes, gruiformes, collumbiformes, cuculiformes, strigiformes, apodiformes, coraciiformes, piciformes, passeriformes).
Alcedo atthis (Guarda-rios-comum); Anas acuta (Arrabio); Anas clypeata (Pato-trombeteiro); Anas crecca (Marrequinha); Anas penelope (Piadeira); Anas platyrhynchos (Pato Real); Anas querquedula (Marreco); Anas strepera (Frisada); Athene noctua (Mocho-galego) Aythya ferina (Zarro Comum); Aythya fuligula (Negrinha); Buteo buteo (Águia de asa redonda); Carduelis carduelis (Pintassilgo); Cicconia cicconia (Cegonha-branca); Columba oenas (Pombo-bravo); Columba palumbus (Pombo-torcaz); Corvus corone corone (Gralha-preta), Coturnix coturnix (Codorniz); Delichon urbica (Andorinha-dos-beirais); Dendrocopos minor (Pica-pau-malhado-pequeno); Elanus caeruleus (Peneireiro-cinzento); Fulica atra (Galeirão); Gallinago gallinago (Narceja comum); Gallinula chloropus (Galinha d’ água); Garrulus glandarius (Gaio-comum); Hirundo rustica (Andorinha-das-chaminés); Laurus fuscus (Gaivota-de-asa-escura); Luscinia megarhynchos (Rouxinol-comum); Lymnocryptes minimus (Narceja galega); Melanocorypha calandra (Calhandra); Merops apiaster (Abelharuco); Motacilla alba (Alvéola-branca); Motacilla flava (Alvéola-amarela); Parus major (Chapim-real); Parus ater (Chapim-preto); Parus caeruleus (Chapim-azul); Passer domesticus (Pardal-comum); Phalacrocorax carbo (Corvo-marinho); Phoenicurus ochruros (Rabiruivo-preto); Pluviales apricaria (Tarambola dourada); Scolopax rusticola (Galinhola); Serinus serinus (Chamariz); Streptopelia decaocto (Rola-turca); Streptopelia turtur (Rola-comum); Sturnus vulgaris (Estorninho-malhado); Troglodytes troglodytes (Carriça); Turdus iliacus (Tordo-ruivo); Turdus merula (Melro-preto); Turdus philomelos (Tordo-comum); Turdus pilaris (Tordo Zornal); Upupa epops (Poupa).
MAMOFAUNA (Classe: Mamíferos; ordens: insectívora, chiroptera, carnívora, lagomorpha e rododentia)
Erinaceus europaeus (Ouriço-cacheiro); Herpestes icheumon (Saca-Rabos); Lepus granatensis (Lebre); Lutra lutra (Lontra); Meles meles (Texugo); Microtus Cabrerae (Rato de Cabrera); Mustela nivalis (Doninha); Mustela putorius (Toirão); Oryctolagus cuniculus (Coelho-bravo); Pipistrellus pipistrellus (Morcego-anão); Sus scrofa (Javali); Vulpes vulpes (Raposa).
HERPETOFAUNA (Classe: Anfíbios; ordens: urodela/caudata, anura. Classe: Répteis; ordens: chelonia e squamata)
Lacerda lepida (Sardão); Psammodromas algirus (Lagartixa do mato); Rana perezi (Rã-verde); Salamandra (Salamandra-comum); Tarentola mauritanica (Osga-comum); Coluber hippocrepis (Cobra-ferradura).
ICTIOFAUNA (Classe: Peixes) Espécies capturadas no Rio Tejo na zona do concelho de Vila Nova da Barquinha (1932 – 2009) Fonte: Carta Piscícola de Portugal
Alosa alosa (Sável); Alosa fallax (Savelha); Anguilla anguilla (Enguia-europeia); Barbus bocagei (Barbo-comum); Chondrostoma polylepis (Boga-comum); Cobitis paludica (Verdemã-comum, Peixe-rei, Serpentina); Gasterosteus gymnurus (Esgana-gata); Gobio lozanoi (Gobio); Lampetra fluviatilis (Lampreia-de-rio); Lampetra planeri (Lampreia-de-riacho; lampreia-pequena); Liza ramada (Muge); Petromyzon marinus (Lampreia-marinha); Squalius alburnoides (Bordalo); Squalius pyrenaicus (Escalo do Sul).
INVERTEBRADOS (anelídeos e artrópodes – insectos e aracnídeos)
Espécies de Libélulas observadas (4): Micrommata ligurina (aranha da família Sparassidae); Bombus Terrestris; Apis melífera.
Lepidópteros (Borboletas): Iphiclides feithamelii; Lycaena sp.; Pararge aegeria; Polyommatus bellargus; Vanessa atalanta.

Memória descritiva:
Metodologia do Photo Wall
Para a construção do PHOTO WALL relativa ao tema proposto "Ecossostema da nossa região" tornou-se necessário uma abordagem transversal das áreas disciplinares, nomeadamente de Ciências Naturais. Em articulação com a Professora de Ciências Naturais identificámos o ecossistema em que a nossa escola se insere. Para um conhecimento mais detalhado recorremos à Engenheira Florestal Alexandra Carvalho da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha para identificar as diversas espécies que compõem este ecossistema. Assim identificámos quatro grandes áreas: ambiente florestal, ambiente fluvial, ambiente de paúl e ambiente de lezíria.
Tentámos transpor estes ambientes para o cenário do Photo Wall.
Para a construção da estrutura em madeira, com 2,5 m de comprimento por 1,5 m de largura, do Photo Wall solicitámos a colaboração de alguns Encarregados de Educação, que simpaticamente aceitaram a proposta.
Os alunos cobriram a estrutura com cartão reutilizado de caixas e papel de cenário. Escolheram folhas das revistas trazidas por eles de casa, por cores (azuis para o céu e ambientes ribeirinhos, verdes e castanhos para florestas e terrenos).
Num segundo momento, continuaram a procurar na pilha de revistas os animais e plantas que faziam parte do ecossistema identificado. Os animais e plantas em falta foram pesquisados na internet e impressos nas folhas de revista escolhidas.
Terceiro momento: depois de reunidos todas as imagens, foram dispostas e coladas no painel recriando habitats naturais.
Quarto momento: Com a ajuda de uma professora da área das Expressões Plásticas, Célia Rodrigues, utilizámos diversas cores de guaches para integrarmos cada imagem colada no seu ambiente natural.
Pensamos ter atingido o nosso objetivo, ou seja, de representarmos o ecossistema acima descrito como as imagens que podemos integram no projeto ajudam a evidenciar.

Fotos do painel:

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Photo Wall